Tendências do mercado de seminovos e usados são discutidos em encontro
Entre os destaques do evento promovido pela Assovepar e ACP esteve presente o consultor da Fenabrave, Valdner Papa. Ele destacou que o setor dos seminovos e usados vai presenciar um crescimento maior que o mercado de novos e que os revendedores devem aproveitar bem essa fase.
A Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar) em parceria com a Associação Comercial do Paraná (ACP) promoveu no dia 10 de novembro, o I Seminário de Revendedores de Automóveis do Paraná com o tema Um passo à frente: Tendências do Mercado de Seminovos e Usados. Na presença de convidados e revendedores, o encontro teve como objetivo apresentar aos lojistas as novas estratégias do setor para aumentar a competitividade no mercado, na visão de especialistas no assunto. O seminário foi realizado no auditório da ACP, em Curitiba/Pr.
O economista membro do Conselho Regional de Economia do Paraná e coordenador do curso de economia da PUCPR, Carlos Magno Bittencourt esteve presente no seminário e discursou sobre as finanças pessoais e jurídicas. Magno frisou que a facilidade de se adquirir um crédito e a falta de um planejamento financeiro são requisitos que podem levar uma pessoa às dívidas, e ainda deu dicas para evitar a falta de controle delas. “Listar o que deve comprar, fazer questionamentos se precisa, se merece, se realmente quer, se pode e ainda se equilibrar nos gastos com o cartão de crédito evitando pagar o mínimo, para que não ocorra um endividamento maior, são algumas das condutas que a pessoa deve seguir”, aponta.
O vice-presidente da ACP e diretor geral da Fenabrave Luiz Antonio Sebben realizou uma análise do setor de novos e usados no Paraná e falou sobre o fechamento dos novos no ano de 2010 em comparação a 2009. “A previsão de vendas no Paraná é de 6% mais sobre 2009 e no país o crescimento deve chegar a 8%”, disse Seben. O diretor frisou que o crédito é o maior motivo dessa expansão no setor automotivo e que para o ano de 2011 as projeções são de 6% acima de 2010. Ele encerrou sua palestra dizendo que quem era tradicional, deixou de ser, pois o mercado está mudando e fez um alerta sobre a comunicação direta. “Precisamos cada vez mais saber como nos comunicar com o consumidor do século XXI”, finalizou Sebben.
Discursando com maior profundidade sobre o mercado de seminovos e usados, o consultor da Fenabrave Valdner Papa deu início a sua palestra realizando um panorama geral do setor. Papa fez um balanço sobre a crise de 2008 e suas conseqüências, e orientou sobre como se portar em épocas como esta. “Em situações delicadas a primeira atitude a ser tomada pelo lojista é fazer uma auto-avaliação sobre o seu comportamento em relação ao mercado e iniciar um processo recolocando o estoque da loja”, informou.
Papa explicou as possíveis razões sobre o crescimento do setor nos últimos meses. “O bom desempenho na venda dos novos, a facilidade do crédito, o prazo, a renda crescente da população e a estabilidade dos empregos foram fatores que contribuíram para essa expansão”. O consultor falou sobre o efeito espelho, ou seja, a realidade do mercado de novos hoje será a realidade do setor de usados e seminovos de amanhã e ainda destacou sobre o aumento da classe C. “De acordo com dados divulgados por um canal de comunicação, a classe C passou de 37,6% para 50,4%, o que também favoreceu para a conquista do desenvolvimento no setor automotivo”, apontou.
Papa comentou sobre a oportunidade que o mercado terá. “O setor dos seminovos e usados vai presenciar um crescimento maior que o mercado de novos, essa será uma fase que os lojistas deverão aproveitar”, disse o consultor. Ele frisou que concessionárias e revendedores são parceiros, de maneira que um precisa do mercado do outro, e acrescentou sobre a importância do lojista conheçer o perfil do seu cliente. Papa ainda ressaltou, “o cliente comprador não tem mais dono, a conquista dele depende do lojista criar vínculos de confiança e qualidade”.
O gerente comercial da ACP Esdras Marinzeck Leon falou sobre a cultura da Nota Fiscal Eletrônica que é uma nova realidade de mercado e que não é uma questão de escolha do empresário, mas de adaptação com as novas tendências. Marinzeck disse que em breve todos deverão estar integrados a este sistema e que através desta implantação serão presenciado benefícios como economia, agilidade e segurança nos negócios.
Com foco na importância do associativismo, o assessor da presidência da ACP Cesar Luiz Gonçalves discorreu que todo segmento bem estruturado só tende a fortalecer ainda mais a classe e ressaltou que o objetivo de uma Associação é lutar pelo coletivo e não pelo individualismo. “Dentro de uma instituição lutamos pelos interesses de todos para fortalecermos com mais intensidade o nosso mercado, por isso é de extrema importância participamos sempre de forma ativa”. O assessor comentou também sobre os projetos que estão em andamento pela ACP, entre eles a luta pelo combate da volta do CPMF, e a relevância de uma Entidade estar unida a outras para que ela tenha mais força.
Para finalizar, o evento contou com a participação do promotor de justiça, Maxmiliano Ribeiro que fez um apanhado sobre a publicidade na venda de veículos no Estado.
Fonte
Evidência Comunicação
Suelen Santos
Fabiana Lima
Inês Dumas
Ana Paula Righetto
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