Natação terá clínica do sono em aclimatação para se adaptar aos horários olímpicos

Estádio Aquático: finais e semifinais a partir de 22h. Foto: André Motta/brasil2016.gov.br


Preparação para os Jogos será feita no CT Paralímpico, em São Paulo, a partir de 24 de julho. Equipe iniciará adaptação de rotina, já que as finais da Olimpíada estão marcadas para 22h

14-07-2016 
A delegação olímpica de natação, com um recorde de 33  atletas, iniciará a aclimatação para os Jogos Olímpicos Rio 2016 em 24 de julho com o desafio de mudar a rotina. Quando se apresentarem no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, os atletas iniciarão um período com horários diferentes do habitual para treinos, descanso e refeições. A proposta é já se acostumar com o horário das provas olímpicas: semifinais e finais vão ocorrer a partir de 22h, o que é inédito.
 “Esse é um fator que vai pesar, não tenho dúvidas. São oito dias de competição, quem vive isso sabe que traz um cansaço físico e emocional. Mais do que o horário, é o cansaço nos dias posteriores, e isso vai ser complicado para quem nada muitas provas, pelo desgaste que você vai acumulando”, disse Ricardo de Moura, superintendente executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
A rotina adaptada ao Rio 2016 inclui jantares às 23h, horário mais tarde para dormir e lanches em horários diferentes. Uma clínica do sono será realizada em São Paulo para a educação corporal.  “Eles vão ter exposição à luz do dia quando já não tem mais luz do dia, vão usar óculos especiais, teremos uma série de estratégias para comer e dormir, para estar bem azeitado nesse aspecto”, explicou Moura.
A caminho da terceira edição de Jogos Olímpicos, Nicolas Oliveira tenta encarar a mudança sem se preocupar demais. “A gente já competiu em Pequim 2008, por exemplo, onde o fuso horário era muito pior. Mas já aprendemos um pouco mais da questão da luz, do horário, é quando a gente já está diminuindo a temperatura corporal, não é o melhor momento pra estar competindo. Mas sei que estão sendo tomadas todas as providências para minimizar esse tipo de problema, eu como atleta vou acompanhar o que eles nos colocarem, mas sou bem tranquilo para estas coisas, tento não ficar preocupado demais com isso, tento não me estressar”, disse o atleta, classificado para os 100m e 200m livre e para os revezamentos 4x100m livre e 4x200m livre.
O desafio da Vila
Em São Paulo, a equipe fica até 2 de agosto, quando viaja para o Rio de Janeiro. A maior parte dos atletas já vai para a Vila dos Atletas, onde a CBDA espera manter o grupo próximo, e tem o plano de seguir os horários de treino aplicados na aclimatação, já nas piscinas no Estado Olímpico de Esportes Aquáticos, no Parque Olímpico.  Moura, entretanto, reconheceu que, no ambiente da Vila, não é possível controlar a rotina dos atletas.
“Na Vila, você tem 24h o restaurante aberto, para muitos é a Disneylândia. Isso é ruim, principalmente para os mais novos. Você tem que fazer uma conscientização, porque desgasta terrivelmente.  A gente teve muitas experiências em Jogos de pessoas que ficam absolutamente desfocadas, é difícil controlar.”
Quanto ao uso das redes sociais, a orientação para os atletas é evitar a exposição excessiva. “Difícil você querer controlar a internet, é como querer controlar a água com as mãos. A gente está sugerindo que evite, porque isso se volta contra o próprio atleta. A exposição demasiada desfoca. Acho que o atleta, neste momento, tem que dar um passo pra trás e se preservar.” Para familiares, haverá uma área de convivência fora da Vila.
Opção por chegar depois
As provas de natação serão realizadas de 6 a 13 de agosto. Aos atletas que vão competir somente nos últimos dias, foi dada a opção de ficar em um hotel na Zona Sul, prorrogando a entrada na Vila para dois dias antes da primeira prova. Henrique Martins (100m borboleta e 4x100m medley), Ítalo Duarte (50m livre) e Graciele Hermann (50m livre), que competem entre os dias 11 e 13 de agosto, ficarão hospedados no bairro de Laranjeiras, realizando os treinos na piscina do Fluminense.
No mesmo hotel em Laranjeiras ficarão os outros treinadores que não estiverem na comissão da seleção, composta por dois técnicos-chefe e sete técnicos,  sendo que uma dessas vagas será usada em sistema de rodízio, dependendo dos atletas que nadam em cada dia. Marco Macêdo (100m borboleta) e Bruno Fratus (50m livre) também vão nadar apenas nos últimos dias, mas optaram por ficar na Vila. Nenhum atleta da natação tem previsão de participação na cerimônia de abertura, em 5 de agosto.
Carol Delmazo, brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte

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