Monza e Fiat 147 são os mais novos títulos da coleção “Clássicos do Brasil”, editada pela Alaúde
Além
de representarem momentos marcantes na memória afetiva dos brasileiros,
os dois modelos compartilham o pioneirismo: o Monza foi o primeiro
carro lançado ao mesmo tempo no Brasil e no mundo; e o Fiat 147 foi o
primeiro carro brasileiro da Fiat
A série “Clássicos do Brasil” ganhou mais dois itens colecionáveis: Monza e Fiat 147.
A coleção é uma homenagem aos carros que melhor representam a história
automobilística brasileira, e que marcaram a memória afetiva de nossos
motoristas, parafraseando a clássica propaganda de um posto de gasolina:
“Todo brasileiro é apaixonado por carro”. Não há quem não tenha uma
história para contar, envolvendo algum desses clássicos: passeios no
velho Opala quatro portas do avô, um Maverick envenenado que deixava
todos comendo poeira, a Kombi que era pau para toda obra, o Fusquinha
como o primeiro carro comprado a prestação, entre muitas outras.
Com autoria de Rogério de Simone e Fábio C. Pagotto, Monza apresenta
a história do primeiro carro fabricado no Brasil a ser lançado
concomitantemente no mundo inteiro. Os rumores sobre o novo modelo
começaram a surgir em 1980, quando ainda atendia pelo enigmático nome de
“Projeto J”. A expectativa durou dois anos e, em abril de 1982, nascia o
novo Monza. O nome foi escolhido em homenagem ao famoso circuito de
Fórmula 1, estrategicamente pensado para conquistar de vez o público
brasileiro. O slogan de lançamento era simplesmente: “Poucos têm o que
muitos desejam”. Inspirado no Opel Ascona alemão, seu estilo era
moderno, bem diferente dos carros produzidos no Brasil na época,
evidente no seu projeto ergonômico, com painel côncavo e seu bom
conjunto de instrumentos, comandos e itens de conforto. O primeiro
modelo, hatch, era equipado com motor 1.6 transversal e câmbio de quatro
ou cinco marchas. Apesar de ser um veículo de porte médio, tinha ótimo
espaço interno graças à grande distância entre eixos e à disposição do
motor. Além da história do Monza, os autores narram um panorama
detalhado da história da General Motors no Brasil desde a sua instalação
em 1925, intimamente relacionada com os principais acontecimentos
econômicos e sociais do país, sendo uma oportunidade de se estudar a
história sob a perspectiva da indústria automobilística.
Já a história da Fiat no Brasil é narrada no volume Fiat 147,
também escrito por Rogério de Simone, em parceria com o seu “xará”
Rogério Ferraresi. O modelo foi o primeiro produzido pela Fiat Brasil,
inaugurada em julho de 1976 em Betim, Minas Gerais. O mundo vivia a
grande crise do petróleo, e o carismático Fiat 147 já nascia com a
ambiciosa missão de ser o mais econômico do país, e superar nada menos
que o Fusca. Não à toa, o projeto apresentou um dos primeiros protótipos
movidos a álcool. O desafio contou com o talento do engenheiro italiano
Aurelio Lampredi, vindo da Ferrari, que desenvolveu o propulsor do 147
com quatro cilindros de 1.048cc. Com motor transversal e coluna de
direção articulada, o carrinho foi uma evolução do modelo Fiat 127
italiano, conquistando a todos pelas inovações mecânicas e pelo charme
de seu design. Ágil no trânsito urbano, com boa estabilidade, compacto e
econômico, também trazia o vidro traseiro térmico e faróis com fachos
reguláveis por botões. Pioneiro, o pequeno grande carro abriu o caminho
para outros grandes sucessos da Fiat, que logo assumiu a liderança do
mercado.
Escritos
por autores especializados e apaixonados, cada volume da coleção
“Clássicos do Brasil” conta a história da origem do veículo, seu
desenvolvimento no Brasil, a evolução dos modelos ano a ano, além de
serem ilustrados com centenas de fotografias e desenhos originais.
Sobre os autores
José Rogério Lopes de Simone é apaixonado por automóveis desde criança. Criou e editou a revista Automóveis Históricos e já escreveu diversos livros sobre o assunto.
Fábio de Cillo Pagotto publicava a revista Collector’s Magazine e foi sócio fundador do Clube do Dodge, do Dodge’s Club e posteriormente do Chrysler Clube do Brasil.
Rogério Ferraresi é
jornalista, radialista e ator. Escreve sobre automóveis desde o início
da década de 1990 e é autor de artigos e colunas para diversos sites e
revistas especializadas. Além disso, é o correspondente da revista
portuguesa Topos & Clássicos no Brasil.
Sobre a Editora Alaúde
Pioneira
no país na publicação de livros de automobilismo, a Alaúde vem
ampliando e diversificando suas linhas editoriais com títulos na área de
alimentação, saúde, filosofia prática, espiritualidade, desenvolvimento
pessoal e profissional. Para mais informações, visite o site www.alaude.com.br.
Fonte: Bruna Souza
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