Bromélias não propagam a dengue
Especialista e estudo garantem que a planta não é um potencial foco para reprodução do Aedes Aegypti
CURITIBA, 12/07/2016 -
Todo cuidado é pouco em relação à dengue. O vírus transmitido pela
fêmea do mosquito Aedes Aegypti já fez centenas de vítimas em todo o
país. Só no Paraná, no último ano foram registrados mais de 53 mil casos
e 59 mortes. Com tratamento baseado apenas no alívio dos sintomas, a
principal forma de combate à doença ainda é eliminar os criadouros do
mosquito vetor, que também é responsável pela transmissão do Zika e
febre Chikungunya.
Qualquer
acúmulo de água pode ser um possível foco de proliferação, já que o
mosquito se reproduz apenas em água limpa e parada. Neste contexto, as
bromélias, plantas ornamentais tropicais muito comuns em várias regiões
do Brasil, vêm sendo injustamente apontadas como responsáveis por
propagar a doença. Com mais de 3,2 mil espécies, as Bromélias
caracterizam-se pelo agrupamento de suas folhas em formato circular
provocando uma retenção de água no centro da planta, o que faz com que
as pessoas acreditem ser um local adequado para as larvas do mosquito.
Porém, uma pesquisa realizada pelo Instituto Osvaldo Cruz (IOC\Fiocruz),
na cidade do Rio de Janeiro (RJ), desmitificou esta crença.
O
estudo, desenvolvido pelo biólogo Marcio Mocelin, avaliou 156 bromélias
durante um ano inteiro, e apenas 0,07% de um total de 2.816 formas
imaturas de mosquitos coletadas nas bromélias durante o período
correspondiam ao Aedes aegypt. Sendo que no mês de abril, período em que
houve a maior taxa de captura, das 376 formas imaturas encontradas nas
bromélias analisadas apenas dois exemplares eram equivalentes ao gênero Aedes.
Bruno
José Esperança, diretor geral da Esalflores, maior floricultura e
Garden Center do sul do país, também defende que as bromélias não
apresentam perigo. “Algumas pessoas têm resistência, mas sempre
esclarecemos estas informações. Atuamos há 20 anos no segmento e nunca
foi relatado qualquer caso de foco de mosquito por nossos consumidores”,
afirma o especialista.
Fonte: Caroline Rodrigues
P+G Comunicação Integrada
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