Imposto sobre grandes heranças pode chegar a 25%
Medida está sendo analisada pelo Senado. Especialista alerta que planejamento sucessório é uma saída para evitar custos extras.
Diante de um cenário de instabilidade econômica e previsão de aumento
de impostos sobre heranças e doações, torna-se cada vez mais necessário o
planejamento da sucessão familiar nas empresas. “O momento pelo qual
estamos passando é propício para planejar a sucessão em vida, antes que o
Imposto sobre Causa Mortis e Doação (ITCMD) aumente e que o Imposto
Federal sobre Heranças seja criado. Em Santa Catarina, o ITCMD é de até
8% e pode chegar a 20%. Já o imposto federal sobre Herança pode chegar a
25% do total”, explica o advogado especialista em Direito Tributário
Marco Aurélio Poffo, do escritório BPH, de Blumenau (SC).
A tributação das heranças acima de R$ 5 milhões e das doações acima de
R$ 1 milhão foram algumas das medidas sugeridas pela equipe econômica do
Governo Federal para compensar a perda de arrecadação com a correção da
tabela do Imposto de Renda em 5% a partir de 2017, proposta pela
presidente afastada Dilma Rousseff ao Congresso Nacional. A proposta é
de tributar em 15% as heranças entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões; em
20% entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões e em 25% as heranças acima desse
valor.
O projeto de Lei 96/2015, que cria o chamado Imposto sobre Grandes
Heranças e Doações, está na lista de prioridades anunciada pelo
presidente do Senado Renan Calheiros no último dia 30 de junho. O
reajuste das alíquotas sobre grandes heranças e doações deve gerar de R$
12 a R$ 15 bilhões de receita para a União. O ITCMD é um tributo estadual e sua alíquota pode variar de Estado para Estado, no entanto, a taxa máxima atual é de 8% em SC.
O tributo é devido por pessoas físicas ou jurídicas que recebem bens ou
direitos como herança ou diferença de partilha. Além disso, também é
válido em casos de doações de bens, inclusive quotas sociais.
Fonte: Ana C. Bernardes
Presse Comunicação Empresarial
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