Após entrada dura, COVID-19 lesiona o esporte, que não tem previsão de retorno

Com pandemia, 2020 é, até o momento, um ano sem ninguém no lugar mais alto do pódio
Ainda não é possível calcular todo o impacto que o COVID-19 terá na indústria do entretenimento e do esporte no mundo. Para Anderson Gurgel, professor de marketing esportivo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, "é nítido que já são duas das indústrias mais impactadas financeiramente -- com cinemas, teatros, eventos esportivos sendo cancelados ou suspensos por tempo indeterminado -- mas ainda não dá para garantir se o fundo do poço está próximo ou não".

Exatamente por isso, quantificar em valores monetários o quanto as indústrias estão perdendo com essa crise é uma tarefa árdua. Para comentar um exemplo, tem-se a NBA, que foi a primeira entidade esportiva a se manifestar, suspendendo o campeonato. Essa atitude, segundo Scott Kaplan, economista da Universidade da Califórnia, pode gerar perda de receita de até 2 bilhões de dólares caso a temporada não retorne. Entretanto, com a quantidade de casos de jogadores da liga de basquete sendo testados positivamente com COVID-19, a decisão de parar a competição não parece algo absurdo e importante no contexto humano. E assim, todas as outras modalidades acabaram sendo pressionadas a pausar por tempo indeterminado suas atividades.

Só que é nesse ponto que surge um grande conflito por conta das Olimpíadas de 2020 em Tóquio, no Japão. Segundo Gurgel, "ao falar de Jogos Olímpicos, fala-se de um mega-evento, com muitos investimentos, agendamentos e complexidade na produção -- curiosamente uma mudança apresentada após as Olimpíadas de Beijing em 2008. Apesar desse modelo trazer críticas, algumas severas, sobre o excesso de proporções que o evento tomou, a escolha de realizar os Jogos em Tóquio, parece ser uma certa fuga para a tranquilidade e expectativa de organização que se tem em países do Oriente -- visto que as Olímpiadas do Rio apesar do sucesso de público, foi muito tumultuada em sua logística".

Porém, a pandemia em nível global do novo coronavírus coloca em risco essa execução das Olimpíadas no mês de julho e agosto. O Comitê Olímpico Internacional (COI) ainda garante o calendário normal das competições, mas nesse ponto o professor Gurgel prefere ser mais conservador, "os Jogos precisam ser repensados, não dá para continuar propondo que os jogos comecem na data prevista. Praticamente todos os países ainda caminham para o pico de contaminação, tendo apenas a China já estabilizado seus números e a Itália aparentemente conseguindo diminuir os seus casos -- mas ainda com muitas mortes. Somado a isso, os atletas não podem ou não conseguem treinar direito e as próprias competições das modalidades estão suspensas, não faz o menor sentido deixar o evento com essa data".

Ademais, as Olimpíadas são vistas como um evento festivo, criado para celebrar a capacidade do ser humano de ser resiliente, de se reinventar, de ser solidário e de vencer os desafios. Por isso, conclui Gurgel, "adiar os Jogos vai ser dolorido, mas quando eles ocorrerem em um momento mais propício, será como uma forte uma demonstração simbólica da superação da capacidade humana de se sobressair nas dificuldades".

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Em 2020, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.

Fonte:
Assessoria de Imprensa Universidade Presbiteriana Mackenzie

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