MERCADO EXTERNO FAZ MARCOPOLO CRESCER NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2017
Exportações aumentaram
107,1%, enquanto a receita das
operações internacionais
cresceu 46,3%
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Caxias do Sul(RS) – 8 de
maio de 2017 - Com o mercado brasileiro ainda abaixo do potencial de
demanda, a Marcopolo fechou o primeiro trimestre do ano com
crescimento de 29,5% em sua receita líquida (R$ 554,6 milhões,
contra R$ 428,3 milhões obtidos no 1T16). O resultado reflete o
forte trabalho que a empresa vem realizando, especialmente desde o
final de 2015, para conquistar mercados no exterior, com a ampliação
das exportações em 107,1% e das receitas de suas operações no
exterior em 46,3%.
O
crescimento da receita líquida consolidada é decorrente do maior
faturamento nas exportações e nas operações internacionais, que
apresentaram o aumento de 75,9% e 107,9%, respectivamente, no volume
de unidades físicas, e representaram 73% da receita total realizada
pela Marcopolo no 1T17. A receita líquida também foi impactada
positivamente em R$ 84,9 milhões pela consolidação da Neobus.
José Antonio Valiati,
diretor de Relações com Investidores e de Controladoria e Finanças,
explica que o desempenho da Neobus somente passou a ser incluído no
balanço da Marcopolo no segundo semestre de 2016, a partir de
agosto. “Mesmo assim, sem a consolidação, a receita líquida da
Marcopolo foi 9,7% superior em relação ao primeiro trimestre de
2016“, explica o executivo.
A
produção consolidada da fabricante foi de 2.010 unidades nos
primeiros três meses deste ano, das quais 1.394 unidades fabricadas
no Brasil, com volume 29,4% superior ao do 1T16, e 616 no exterior,
113,9% superior ao produzido no mesmo período do ano
anterior.
“Apesar de ter dado
sinais de início de retomada, o mercado brasileiro de ônibus
apresentou, no trimestre, volumes ainda abaixo dos níveis históricos
e normais de produção, o que impediu um melhor desempenho. A
produção total brasileira foi 33,5% inferior à do 1T16, com 1.366
unidades contra as 2.055 unidades produzidas no mesmo período do ano
passado”, salienta Valiati.
Já
a participação de mercado da Marcopolo na produção brasileira de
carrocerias cresceu e alcançou 46,8% no 1T17, contra 32,2% no 1T16.
Destaca-se no período o crescimento de 16 pontos percentuais no
segmento de rodoviários, alcançando 68,2% de participação de
mercado, bem como o aumento de 35,9 pontos percentuais de
participação no mercado de micros, totalizando 52%, explicado pela
consolidação dos volumes fabricados pela controlada
Neobus.
O
desempenho ainda fraco do mercado interno brasileiro tem prejudicado
o desempenho dos resultados consolidados. O lucro bruto do 1T17
atingiu R$ 61,0 milhões, com margem de 11,0%, contra R$ 56,2 milhões
e margem de 13,1% no 1T16. A margem bruta foi pressionada pela
redução de dias de faturamento, decorrente das férias coletivas em
janeiro e março, bem como pela valorização do real frente ao dólar
americano, que afetou as margens na exportação. O resultado bruto
também foi afetado pela consolidação da Neobus, pelo mix mais leve
de produtos destinados ao mercado interno brasileiro e pela provisão
com rescisões decorrente de reestruturação interna da companhia. Com
isso, o lucro líquido foi de R$ 3,2 milhões, 63,6% inferior aos R$
8,8 milhões registrados no 1T16.
Perspectivas para
2017
O
mercado de ônibus no Brasil já mostra sinais de recuperação. As
perspectivas de demanda, tanto no mercado interno como no mercado
externo, indicam retomada nas vendas, especialmente no segmento de
rodoviários. A regulamentação de acessibilidade, vigente a partir do
próximo mês de julho, e a obrigatoriedade de redução da idade média
da frota nas linhas interestaduais e internacionais afetará
positivamente o segmento.
No
segmento de urbanos, a queda no primeiro trimestre demonstra que a
demanda segue pressionada, especialmente devido às incertezas
relacionadas aos reajustes das tarifas e indefinições acerca de
processos licitatórios para renovação de concessões.
No
mercado externo, a demanda continua forte e as exportações
permanecem aquecidas em todos os segmentos, o que deverá contribuir
para o desempenho da companhia. As unidades externas, com ampliação
de seus negócios, confirmam a expectativa de crescimento, com
destaque para a controlada Polomex, localizada no
México.
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